Socorrrrrrroooo!!
Tenho pressa; meu estomago está fervendo, preciso escrever. Nada e a ninguém culpo além de mim mesma. Se meu estomago está assim; fui eu mesma que o provoquei, e facilitei. Não medi conseqüências e me deixei levar: emoções, adrenalina e tensão muscular. O grito preso na garganta, e a névoa negra das palavras não digeridas, se alojaram bem aqui: aqui, no interior do meu estomago. E dói. Dor local, estomacal. E se eu não me conhecesse: digo; se eu não estivesse vigilante de mim mesma, agora neste exato momento estaria eu indo á uma farmácia mais próxima, e me empanturrando de remédios. E com isto, eu não só estaria camuflando esta dor, mas também, causando outros problemas. Outras dores que nos leva a uma dependência, ingerindo cada vez mais preparos farmacológicos. Mas, não. Neste caso especificamente, devo buscar a cura dentro de mim mesma. Me assumindo e me perdoando. E confesso: me enraiveci sim; mas, ainda tive tempo de estancar o veneno que fora expelido por minhas atitudes impensadas. E o resultado de tudo isto não poderia ser diferente: dor estomacal. Esta queimação que, por meio destas sinceras e humildes palavras, vai aos poucos sendo reduzida e me deixando novamente livre para os meus afazeres cotidianos. E fica aqui a minha deixa: nem toda dor deve ser curada com preparos adquiridos em farmácias. Antes, porém, devemos averiguar os nossos passos: o que foi dito, ouvido e sentido. E somente a partir dai, é que podemos nos aplicar a dose certa. Dose encontrada dentro de nós mesmo. Dentre tantas, destacarei para o meu momento presente: a tolerância, a paciência e o perdão.
*** Neusa Leon