sábado, 31 de julho de 2010

Momento - A morte repentina

Hoje, um dia triste. E mais uma vez escrevo sobre este sentimento: esta sensação de perda. Esta dor que fica no peito ao ver que um parente, um amigo, um ente querido se vai deste mundo assim tão derrepente, deixando todos com muita saudade e, em alguns casos a terrível angústia de não ter se despedido: não ter lhe dado um abraço, um beijo, um afago. Triste por não ter tido a oportunidade de segurar em suas mãos e olhar em seus olhos pela ultima vez. Não sei, mas, às vezes chego a pensar que se fosse possível sabermos exatamente o dia e a hora em que fossemos morrer, talvez assim, a morte não seria tão desprezada, ignorada e horrenda. Sim. É isto mesmo: para algumas pessoa, falar de morte é realmente repugnante, assombroso e, quando a pessoa falecida é assim próxima da gente, a dor parece ser ainda maior.
- Ontem, ele, Elias (meu cunhado, 50 anos) faleceu. Ele era uma pessoa bacana. Uma pessoa comum que, trabalhava e vivia conforme a vida o levava. Viúvo e pai de quatro filhos: ele era, sorriso franco, passos lentos e de poucas palavras. Eu, como sempre observadora, sensível e inquieta, sempre que o via percebia uma certa desolação em seu comportamento, ou seja: eu sentia que ele não dava muita importancia para determinadas "coisas", tipo: uma casa própria, um emprego fixo, e, ou, coisas assim mais concretas. Ele era por assim dizer, despreocupado. Não sei ao certo como explicar, mas, era assim, algo que ao mesmo tempo lento, frio, e impassível, era também sereno, calmo, e tranquilo. E, sempre que surgia a oportunidade, eu lhe falava sobre ir a missa, rezar, e também agradecer a Deus pela saúde, a vida e, enfim, por tudo de bom que estava lhe acontecendo. Mas, ele,  mansamente sorria e resmungava alguma coisa. E foi muito dolorido saber que ele morreu de uma forma tão angustiante e repentina. Ao saber do acontecimento e do estado em que ele se encontrava, meu coração disparou aceleradamente. Logo senti uma tristeza profunda e, mesmo eu querendo acreditar que ele iria sobreviver, algo muito forte me dizia que a vida dele aqui na terra havia chegado ao fim. E foi com um imenso pesar que recebi a noticia de seu falecimento. Pois, um dia antes de sua morte eu o vi enfrente a casa que ele morava. Neste dia não conversamos. Não trocamos nenhuma palavra, pois não me aproximei: apenas o vi e com um simples gesto o cumprimentei e segui. Ao saber de seu falecimento me entristeci profundamente e não fui ao velório. Guardei a sua imagem daquele dia: um dia antes do seu falecimento.
Pois é... infelizmente ou felizmente a morte às vezes vem assim: surpreendente e repentina, privando-nos de uma ultima despedida. Mas, contudo, podemos pois, refletir sobre isto: que sejamos mais companheiros, tolerantes, amigos, gentis, sinceros e compreensíveis. Não é certo ficar cuidando da vida dos outros: mas, às vezes é preciso olhar o outro com mais atenção, carinho e respeito. É preciso desacelerar, para então, podermos administrar melhor o nosso tempo: e assim podermos apreciar os bons momentos com mais intensidade, clareza e sabedoria.
É isto ai: pensei, senti, escrevi, desabafei. Agora estou bem! Que o nosso Pai Celestial tenha misericordia de todos nós, pois, Ele, e somente Ele, Deus, é quem sabe de todoas as coisas... Amém!

***  Neusa Leontina

sábado, 24 de julho de 2010

Momento - Deus sabe de todas as coisas

... Aconteceu que de repente uma angustia se instalou em meu coração. Olhei para tudo e todos em minha volta e fiquei sem entender por que... O porquê daquela aflição... Daquele vazio... Daquela tristeza, se tudo estava ”bem”. Eu tinha saúde, emprego, moradia, amigos e família... Eu não estava entendendo o porquê de tanta tristeza... Um vazio que crescia cada vez mais dentro de mim... Eu tinha de tudo, mas me sentia incompleta... Os dias foram se passando e eu tentei driblar tal sentimento... Tentei esquecer que o meu coração estava doendo, gritando, chorando, implorando por algo que eu não conseguia entender. E, por mais que eu me esforçasse, tentando sanar aquela angustia com alguma diversão, uma música um livro, um passeio, ou até mesmo em reunião com a família e os amigos, aquela aflição, aquele vácuo, aquela insatisfação não se esvaia, não sanava. Eu sorria, brincava com as crianças, conversava com os amigos, mas, aquela angústia, aquele vazio me acompanhava em todos os momentos... Foi ai que, certa vez, em uma tarde de sábado, eu estava sozinha em meu quarto organizando algumas coisas e, de repente me veio uma vontade muito grande de sair. Mas, eu não queria ir aos mesmos lugares que eu estava acostumada a ir. Em pensamentos visualizei vários lugares. Pensei na minha mãe, nos meus irmãos, nos amigos e nos parentes em geral e, foi ai que captei o real desejo que eu sentia naquele momento. Eu estava precisando ir em algum lugar onde eu pudesse juntar-me com pessoas que estivessem com o pensamento direcionado para as mesma coisas que eu e, ai pensei: - A igreja. Sim, sim é disto que eu estou precisando... Ir à missa. - Consultei o relógio: Eram 17:30 hrs. A igreja ficava na minha rua e as missas aos sábados começavam às 20:00 hrs - Fazia algum tempo que eu não ia as missas. Comuniquei ao pessoal de casa e os convidei para irem comigo. Ninguém gostou da ideia. Mas, mesmo assim eu não me desmotivei. Desta vez eu estava com muita vontade de ir. Era uma vontade maior que eu. Algo me posicionava, me instigava, me dava força e eu não desisti. Faltando ainda uns vinte minutos para o início da missa, cheguei á igreja. Procurei um canto onde eu pudesse ouvir e ver todo o movimento que iria ocorrer ali no altar e, foi com muita alegria, emoção e concentração que ouvi logo de inicio o padre citar o salmo de número 01 “Feliz o homem que não procede conforme o conselho dos ímpios, não trilha o caminho dos pecadores, nem se assenta entre os escarnecedores. Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite. Ele é como a árvore plantada na margem das águas correntes: dá fruto na época própria, sua folhagem não murchará jamais. Tudo o que empreende, prospera. Os ímpios não são assim! Mas são como a palha que o vento leva. Por isso não suportarão o juízo, nem permanecerão os pecadores na assembléia dos justos. Porque o Senhor vela pelo caminho dos justos, ao passo que o dos ímpios leva à perdição” - Foi ai que eu entendi o porque das minhas aflições. Dos meus momentos de tristezas. Era isto que estava me faltando. Ir á igreja. Concentrar-me para melhor entender á palavra, pois em casa eu me ocupava com tantas coisas: escrevia, lia, assistia televisão, brincava com as crianças, e assim não me concentrava bem na leitura Bíblica. Senti que na igreja, além de me sentir muito bem, eu também conseguia esquecer por alguns momentos certos assuntos e me concentrava de verdade nas belas histórias da Bíblia. Foi a partir dai que tomei a iniciativa de colocar o meu filho de 11 anos para fazer catequese e passei a ir as missas com mais assiduidade, alegria e entendimento, mas, sentia que de alguma forma esta minha alegria, esta minha vontade de ir á missa não estava sendo bem vista ou aceita por alguém próximo a mim e, então para não causar tantos desentendimentos, muito contra a minha vontade, passei á ir as missas casualmente, ou seja: quando tinha alguma comemoração relacionada á catequese do meu filho, ou as vezes quando a vontade era tão grande que eu não conseguia evitar. Ceta vez tive a alegria de ter em minha companhia: marido, filho e filha; sentados no banco da igreja... e foi muito bom. Minha filha de sete anos amou aquele momento. Seus olhinhos atentos á tudo e a todos me olhava com um lindo sorriso: cantando, batendo palmas e participando alegremente. Mas, senti que nem todos estavam ali porque queriam. Nem todos estavam gostando daquele acontecimento e, não demorou muito para eu ouvir a seguinte frase: - "Não vamos fazer da igreja uma rotina." A partir deste dia eu percebi que ir á missa era um desejo somente meu. Uma necessidade minha. Deus iria me mostrar um jeito de eu ir á missa sem causar aborrecimentos para ninguém, ou seja: ir as missas e ficar em Paz com todos. E aconteceu que, os dias foram se passando e eu aos poucos fui deixando de lado aquela vontade de ir á missa. Até que um dia indo trabalhar, chegando ao ponto final do ônibus, senti uma imensa vontade de entrar na igreja que ficava bem em frente e, sem muito questionar: pois eu ainda ia almoçar e pegar o metrô para chegar ao trabalho,  fui caminhando em direção a igreja e, a vontade de entrar era tanta que nem me importei se ia dar tempo almoçar ou não. A verdade é que: naquele momento, era a minha alma que precisava de alimento. Eu estava carente da palavra de Deus. E então, logo me vi ali, em silêncio, sentada em um dos primeiros banco: coração aberto e os ouvidos atentos.
- Antes de sentar eu me certifiquei dos horários das missas. Consultei o relógio e pensei: não vou poder está presente durante toda á missa, pois, ainda tenho que pegar o metrô para chegar ao trabalho, mas, pelo menos vinte minutos eu vou poder ficar.
- E então, a partir daquele dia uma nova alegria se instalou em meu coração... cuidei para que eu antes de pegar o metrô, pudesse ficar meus vinte minutinhos ali na igreja: ouvindo, participando, adorando e agradecendo á Deus por tudo de bom que Ele tem me proporcionado: por Ele ter me ouvido e ter me mostrado o caminho.
- Como eu disse acima, Deus sabe de todas as coisas. Eu estava carente da Palavra, mas, não estava podendo ir á igreja nos finais de semanas. E aconteceu que, o Anjo do bem me intuiu: desci do ônibus e fui em direção á igreja... entrei, sentei, chorei, desabafei e adorei. E assim, os meus dias passaram a ser mais proveitosos: eu podia ouvir o comecinho da missa e sair dali com o coração em festa... indo trabalhar bem mais motivada e feliz - É isso ai... Deus sabe de todas as coisas... Amém!!!

*** Neusa Leontina

terça-feira, 6 de julho de 2010

Momento - Sorte

"Certa vez a sorte me visitou. Eu que há tempos a esperava, não me surpreendi... abracei-a e segui. Foi longa a caminhada, mas, jamais desisti. Pois a vida é assim mesmo. É um caminho cheio de curvas, subidas e descidas. É um caminho que: quanto mais se aprende mais cresce a responsabilidade"

*** Neusa Leon

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Copa 2010 Brasil desclassificado

Poxa!! Imagino o quanto as pessoas estão tristes em saber que o Brasil está fora da copa de 2010.

Eu que não sou assim tão conhecedora e torcedora dos campeonatos em geral, também fiquei tristinha em saber que o Brasil foi desclassificado. Mas, nem tudo acontece conforme planejamos sonhamos e esperamos... Cada coisa em seu momento certo. Desta vez a taça não veio para nós, mas, não percamos as esperanças... O Brasil tem potencial. Sei que as criticas em cima do técnico vão ser avassaladoras. Porque nestas horas algumas pessoas precisam culpar alguém e, com certeza o alvo é sempre o técnico. Mas, para todos que assim como eu também estavam na esperança de ver o Brasil campeão em 2010, relevem. Não queiram com esta insatisfação adquirir uma úlcera nervosa. Brigar, xingar, difamar e desejar o mal a alguém, com isto só estamos nos prejudicando. É claro que para os fervorosos torcedores fica difícil de digerir esta derrota, mas, é importante mantermos o nosso equilíbrio interior e torcermos para que em 2014 o Brasil conquiste a taça: "Como diz na Bíblia, II Timóteo 2.5,6 "Nenhum atleta será coroado, se não tiver lutado segundo as regras. É preciso que o lavrador trabalhe antes com afinco, se quer boa colheita”

É isto ai... Vamos pensar positivo... E que vença o melhor!!!


***Neusa Leontina